Hoje acordei às 5.
Apalpei o joelho para tentar sentir a presença da pancada que dei no carro: nada.
Me concentrei na musculatura das pernas: estavam descansadas.
Olhei novamente o relógio: tinha ainda duas horas e meia antes de precisar ir ao aeroporto.
Troquei de roupa e segui rua afora. Descendo a Consolação, esquerda na Brasil, direita na Cidade Jardim e esquerda na Groenlândia. No caminho do Ibirapuera, me concentrei em tudo: nas pernas, respiração, ritmo, joelho.
Senti ainda um pouco do cansaço acumulado, mas nada grave. Entrei em velocidade de cruzeiro e voei pelo circuito do parque, entrando na zona amarela de forma decidida.
No caminho de volta, no entanto, uma pontada no joelho começou a dialogar com o corpo: estava ali, presente. Persisti. Ela também.
Diminui o ritmo. A dor cedeu um pouco.
Segui pelo caminho de volta em ritmo firme de 5’26″/km, confortável, com a dor cedendo.
Até que cheguei em casa pronto para tomar um banho, me arrumar e seguir para o aeroporto, de onde escrevo esse post minutos antes de embarcar.
Os dois tipos de dores que senti tinham causas diferentes. Do ponto de vista muscular, ainda estou me recuperando dos efeitos de um fim de ano absolutamente desgastante e estressante no trabalho. Estou mentalmente cansado e sentindo os efeitos disso no corpo. Mas o dia de descanso de ontem foi o suficiente para iniciar uma recuperação rápida e que deve se resolver em definitivo ainda essa semana.
Quanto ao joelho, que bati fortemente no domingo ao entrar no carro, ainda não sei. Corro sem problemas, mas a pontada súbita de dor, mesmo que leve, deixa alguma preocupação no ar. Espero que passe ao longo da semana. Se persistir, ficarei mais um ou dois dias de molho, até sábado.
Hoje, no entanto, é dia de seguir em frente e tocar o cotidiano depois de uma manhã incrível nas ruas – como devem ser todas as manhãs.
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