Costumo sempre correr ouvindo algo – seja música, um podcast ou um audiobook sobre assuntos os mais diversos. Com o tempo, aliás, a música acabou praticamente desaparecendo do meu repertório e passei a ouvir um acervo gigante de romances, livros de história, de corrida e muitos programas interessantes.
Passar horas na rua passou a servir tanto ao corpo quanto à mente que, claro, se enriquece a cada “parágrafo falado”.
No que diz respeito a corrida, tem alguns podcasts que eu tenho como preferidos: o Corrida no Ar, do Sérgio Rocha; o RunTalkSA, do Brad Brown; e o Talk Ultra, do Ian Corless.
Destes, dois acabam sendo mais importantes para a finalidade de Comrades: o RunTalkSA, por abordar o cenário sulafricano e nos deixar mais inteirados com o clima local, e o Talk Ultra.
Este último vem ainda com um “plus”: o fato de ter, em média, 3 horas de duração por episódio, e de abordar apenas o mundo das ultramaratonas (incluindo principalmente corridas de 100 milhas, mas indo até travessias de 5 mil milhas de cabo a rabo da América do Sul).
Veja: Comrades é um percurso gigante para quem está habituada a distâncias de maratona ou menos – mas se você conversar com alguém que corre 10 ultramaratonas de 100 km a 100 milhas em um ano, acaba sendo o equivalente a uma meia para nós “mortais”.
E isso é algo muito positivo, pois ajuda a desmistificar a distância e a se perder o medo dela. Isso sem contar com coberturas de provas incríveis (como Everest Trail Race, Ultra Trail du MontBlanc, Western States, HardRock, BadWater e tantas outras) e com bate papos com ícones do esporte como Emelie Forsberg, Kiian Jornet, a brasileira Fernanda Maciel (que ganhou a Everest Trail em 2013), Max King etc.
O próprio ato de corrida é mais transcendental quando o relógio cede espaço a paisagens magníficas por 12, 24 ou mesmo 72 horas.
Ouvir essas coberturas ao fazer uma tempo run, treinos em ladeiros ou mesmo longões de 20 ou 30K nos ajudam a ter uma perspectiva extremamente útil para domar mais a mente.
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