Ok, não resisti. Acordar em um feriado como a véspera de Natal, com a cidade silenciosa de manhã cedo, nenhum trabalho pela frente e cheiro de chuva recém caída é praticamente um convite às ruas.
Sim, o treino previsto era para amanhã. Sim, as pernas estavam cansadas de ontem. Sim, acabei de me recuperar de uma pseudo-lesão no joelho que, mesmo não tendo sido causada pela corrida, não tinha no tênis seu melhor tratamento.
Nada disso importou. Hoje cedo, coloquei o FiveFingers e voei para o Ibira. Ou melhor: planei. Fui lá pela casa dos 5’40″/K, sentindo a cidade parada, o clima de festa, as ruas vazias na ida e lotadas na volta.
Para mim, correr é mais zen do que qualquer tipo de meditação – principalmente quando se atinge aquele estado de sintonia absoluta entre respiração, musculatura, asfalto e paisagens. E correr sem a preocupação de ter que trabalhar em seguida propicia a entrada nesse estado.
Voltei. Casa já em estado de arrumação para a noite. Malas prontas para viajar amanhã. Mulher no sofá, filha dormindo.
O mesmo silêncio da ida. Zen.
Mas, dado que a corrida foi fora da programação e que ainda não estava preparado para essa retomada plena de atividades, as pernas cansaram um pouco mais do que deveriam. Tudo bem: talvez descansem amanhã.
Ou depois, se o mesmo impulso de tomar o rumo do asfalto bater amanhã.
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