A melhor coisa de longões é a possibilidade de correr meio sem destino, sem hora e guiado apenas pela pura curiosidade.
É claro que, com o tempo, acabamos criando uma espécie de rota padrão que nos permita seguir em piloto automático. Mas, às vezes, as pernas tiram da mente o controle e ditam os locais que querem ir.
Essas são as melhores corridas – as que dão sentido ao treinamento e até fazem eles ficarem mais importantes do que a meta em si, mesmo que por alguns instantes.
E ao chegar em casa, naqueles segundos antes da rotina do dia se reapresentar, um conjunto de imagens tão esperadas quanto inusitadas dão uma espécie de nova definição a toda essa longa (e gratificante) jornada até Comrades.
Imagens como essa, do Parque da Água Branca, em São Paulo, que insistiu em me puxar hoje para as suas ruas e trilhas.
Correr, afinal, nos permite sentir – e não apenas ver – o mundo à nossa volta. Tem coisa melhor que isso?
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