Depois de duas semanas longe, USP de novo! E hoje foi um dia perfeito para um longão, pois estava com a cabeça a mil com estresses do trabalho e problemas que, como sempre, demandavam soluções e raciocínios.
Nada de podcast ou música: era hora de sair apenas com a mente pelas ruas. E assim fui.
Aos poucos, trocando problemas por decisões e ermos por bússolas.
Como hoje só tinha 2h40 programadas, peguei o caminho mais curto de casa para a USP, via Rebouças. Fiz duas voltas no mais completo silêncio – tão intenso, aliás, que não ouvia nem as passadas ou sentia o sol fritar o couro.
Leve, ritmado, firme. A cada passada, o semblante parecia mudar, perder a tensão. Os músculos se soltavam, o coração batia de forma mais livre.
Não se resolve problemas em uma corrida, é verdade – mas se acha soluções nítidas onde antes só havia dúvida. Por isso correr é tão incrível – principalmente nas longas distâncias.
No portão de saída da USP tudo já estava decidido. Hora descansar: liguei uma playlist com Stones, Credence, ZZ Top e outros e rumei de volta para casa.
Estava precisando dessa terapia das ruas.
Ricardo, já acompanho/sigo seu blog há algum tempo (pois também tenho um plano futuro – daqui uns 2 ou 3 anos – de correr a Comrades), mas essa é a primeira vez que comento.
Identifiquei-me bastante com seu post, porque também creio que a corrida é uma “terapia”, uma maneira de movimentar energias e facilitar decisões em questões difíceis.
Aproveito para parabenizá-lo pelos 3 anos de corrida (vi na página “Sobre mim” que você começou a correr em 15/03/11).
Grande abraço, bons treinos e ótima preparação para a Comrades.
Brunno – http://movidoaendorfina.wordpress.com
Oi Brunno!
“Movimentar energias” é, provavelmente, a melhor definição que já li sobre correr! Muito obrigado pelo comentário e bons treinos para vc tb!