Sem dúvidas, foi uma semana atípica: abri correndo sob um frio de 5 graus nos EUA, fechei sob um calor de 32 graus em Sampa. Abri com morros e mais morros, fechei quase no plano (exceto pelas duas subidas do Matão de ontem). Abri encaixando treinos para compensar vôos longos, fechei jurando que seguiria a planilha com um pouco mais de paz adiante. Algo que, diga-se de passagem, já sei que não conseguirei cumprir por conta de outra viagem súbita, dessa vez para Londres, no começo de abril – justamente no mês de pico dos treinos!
Enfim… o resultado de toda essa confusão, por assim dizer, fica marcado no corpo: estou com uma leve pontada no joelho (possivelmente pelo volume de aclives e declives no Texas) e no tornozelo (provavelmente por ter forçado quilômetros demais em dias de menos).
Nenhuma das duas dores é exatamente crítica: são sinais importantes que o corpo dá para que prestemos mais atenção a ele. Já me alertaram que essa fase fatalmente viria em um treinamento para Comrades: afinal, o volume de horas nas ruas está alto, em um ponto que começa a fazer o corpo entender que ele não está se preparando para uma corrida de 10K qualquer.
A leitura desses sinais precisa ser clara: é hora de fazer ajustes.
- O primeiro deles é cortar as tempo runs que vinha fazendo com frequência toda terça. Na prática, entre tempos e ladeiras, é melhor ficar com as ladeiras.
- Segundo: se estou com alguma pontada no joelho, certamente é por conta de erro na forma. Suspeito que tenha sido por conta principalmente das descidas íngremes da semana passada, o que me traz a necessidade de aprimorar melhor a biomecânica. Tarefa de casa: mergulhar na Web, em canais que acredito (do Corrida no Ar ao Kinetic Revolution).
- Terceiro: respeitar mais os dias de folga. Amanhã, por exemplo, é um dia de descanso – mas estarei impossibilitado de correr na terça cedo devido a um vôo às 6:30. Até pode ser que eu troque a terça pela segunda – mas desde que treine na segunda à noite, com o corpo já aquecido pela rotina.
- Quarto: Londres. Esse será um problema pois, a princípio, devo ir no dia 4 de abril: uma sexta, véspera de um longão de 4h10 no sábado. Mas esse problema deixo para desenrolar ao longo da semana que vem, quando tiver as datas mais esclarecidas.
Apesar desses pontos, há motivos para comemorar: estou, afinal, inteiro e me fortalecendo, tendo cumprido a meta da semana mesmo considerando as tantas intempéries que surgiram pelo caminho. Meu pace médio está encaixado na confortável casa dos 5:45 a 5:50/ km e já passei da metade do volume de treino previsto até o dia da prova. Gráficos abaixo:
Para a semana que vem terei o maior longão já feito até o momento, de 3h55. Estou ansioso para ver como será!
Planilha completa aqui ou na imagem abaixo.