A mudança que começa a acontecer às vésperas da Comrades

6 da manhã. Dia de sol.

Fosse um dia normal, tudo já estaria lindo: basta ser cedo e haver sol que todo corredor fica feliz. Mas adicione a isso uma viagem em uma cidade que terá uma das maiores maratonas do mundo em alguns dias e tudo muda.

Não ficarei para a Maratona de Londres – voltarei um dia antes para o Brasil. Mas correr por cenários como o Rio Tâmisa, Hyde Park, Kensington Palace, Buckingham,Trafalgar Square etc. realmente é inspirador. E, para falar a verdade, é isso que tenho feito esses dias: me inspirar nas ruas inglesas.

Tenho corrido todas as manhãs – mas a passos lentos. A essa altura de Comrades, a sensação que tenho é de que o corpo já está relativamente preparado, forte. Termino todos os treinos bem, sem muito cansaço e, basicamente, aguardando o dia seguinte com uma certa ansiedade. Sei que ainda estou no começo do mês de pico e que ainda terei semanas muito intensas – incluindo uma que já está por vir e que contará com o ultra longão de cerca de 55K – mas nada disso parece abalar.

A sensação que tenho é que, mentalmente, estou já ficando pronto para essa meta. O medo, pelo menos, já cedeu espaço para uma certeza (embora ainda com algumas pitadas de esperança) de que tudo dará certo no dia 1 de junho.

Mas também… dá para ser diferente com esse cenário?