Testemunhando a preparação de Londres para a Maratona

Em dois dias – infelizmente, um depois de eu voltar para o Brasil – acontece a Maratona de Londres.

A cidade já respira o evento: hoje cedo, o percurso que fiz da Strand Street até Notting Hill, passando por Trafalgar Square, Palácio de Buckingham e Hyde Park, já estava inteiramente preparado.

A The Mall, avenida de piso vermelho (simulando um tapete de honra) que chega no palácio real, já estava com bandeiras britânicas erguidas em todos os postes, sob a sempre atenta supervisão da Rainha Vitória (foto abaixo).

Há corredores em todos os lugares para onde se olha – e a qualquer hora do dia. Alguns concentrados, outros mais soltos, a maioria deixando à mostra o seu estrangeirismo ao cruzar as ruas olhando para o lado errado e quase sendo atropelada por carros e bicicletas que fluem velozes pelas ruas londrinas.

Mas o clima, em geral, é simplesmente incrível. E, por mais que seja estranho estar em um local que sediará uma maratona em alguns dias sem corrê-la, isso também permite uma ótica diferente de todo o evento. Afinal, em cada esquina, atletas amadores parecem mesclar ansiedade, medo e muita força de vontade – a mesma que eles provavelmente utilizaram para superar os desafios pessoais que normalmente empurram corredores para o esporte. É bonito de ver. Dá um certo orgulho de “pertencer” a esse grupo, mesmo não podendo fazer a prova no domingo.

E assim, por esse caminho formado por paisagens imponentes e atletas concentrados, fiz o meu último giro pelo Hyde Park.

Amanhã, último dia na capital inglesa, tomarei um rumo diferente: irei daqui até Greenwich para conferir o “marco zero do tempo”. Levarei duas certezas: a de que o percurso será incrível e a de que ele deixará muitas saudades.

Correr o mundo é muito, mas muito mais interessante do que passear por ele.

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2 comentários em “Testemunhando a preparação de Londres para a Maratona

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  1. Ricardo,

    Já deu para notar que sou leitor fiel do seu espaço!!! – Dei boas gargalhadas sobre o “estrangeirismo dos corredores”, sabe por quê? – Na África do Sul, temos o mesmo problema da mão inglesa e os veteranos ficam alertando os novatos (cuidado, olha para o outro lado!!!) – Da postagem de hoje, carregarei uma frase: “Correr o mundo é muito, mas muito mais interessante do que passear por ele.” Não se ofenda se em uma futura postagem do “Correr é Pura Paixão”, ela não seja multiplicada, claro, com seus devidos créditos. Ultra abraço,

    Dionísio Silvestre
    http://correrpurapaixao.blogspot.com.br/

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