Do ponto de vista de treinamento, o melhor resultado da semana foi justamente ter conseguido cumpri-la. Afinal, a rotina de acordar às 4:30 quase todo dia para fazer os 90K planejados a tempo de estar em uma sala de reunião às 8:00 não foi, exatamente, fácil.
Por outro lado, essa mesma rotina foi o que me permitiu conhecer Londres sob uma ótica diferente: praças e avenidas vazias, sol começando a surgir, monumentos (de Westminster a Buckingham, passando pela magnífica Universidade de Greenwich e pelo observatório que marca o ponto exato onde leste encontra oeste, no Meridiano zero) solitários, ainda aguardando as hordas de turistas nas próximas horas e, enfim, um ar quase que de instalação artística em uma das cidades mais empolgantes do planeta.
Correr Londres foi sensacional. E mais sensacional ainda foi ter conseguido bater a meta de 90K: ao final de ontem, sábado, embarquei de volta ao Brasil com exatos 90,96K na bagagem. E, hoje, depois de descansar um pouco, saí ainda para cerca de 5K apenas para soltar um pouco a musculatura, inchada pelas 11 horas de vôo.
No final das contas, com 6 dias corridos, essa foi a semana com mais quilometragem de todas. Houve uma perda de perfórmance, como pode ser visto no gráfico abaixo – mas isso se deve principalmente a eu estar em uma cidade diferente – o que me forçava a parar para olhar no Google Maps o tempo todo em busca de localização.
A semana que vem é mais light: terá 80K planejados (que talvez aumente um pouco dado que estou me sentindo realmente bem). Apesar de eu não estar tenso com a questão de perfórmance, seria interessante ficar ao menos na casa dos 6’10” essa semana, melhorando um pouco. Além disso, estou também um pouco ansioso por voltar a correr em morros – Londres é incrivelmente plana, o que atrapalha um pouco essa fase de preparo.
Planilha completa da semana aqui ou na imagem abaixo.
Rumo a Comrades 2022 