Há algumas semanas, estava confiante de que chegaria facilmente à minha meta de peso para Comrades: 69kg. Não é a primeira prova grande que faço e, até hoje, isso nunca foi problema. Até hoje.
O regime de treinamento para esta prova está diferente, com um acúmulo maior de quilômetros semanais no corpo. Isso tem dois efeitos: o aumento da fome e da musculatura (massa magra, mais pesada que a gordura).
A fome até está conseguindo ser driblada (com a devida responsabilidade, claro). Mas desde que os dois meses de pico, março e abril, começaram, o corpo parece ter ficado subitamente mais forte. E digo subitamente porque, antes, a mudança era tão gradual que nem dava para ser percebida. Na prática, eu apenas emagrecia e pronto. De dois meses para cá, tenho me sentido quase outra pessoa, por mais esquisito que isso possa parecer.
Há, claro, o lado bom de ficar mais forte: o corpo fica melhor preparado. Mas há uma máxima que dita que “um quilo de algodão pesa o mesmo que um quilo de chumbo”. Ou seja: peso é peso. E, durante uma ultra de 90km, cada quilo a mais atrapalha.
Bom… a essa altura, não há muito o que fazer. Não vale a pena entrar em uma neura de perder peso que acabe comprometendo o organismo justo agora. Mas vale, claro, redobrar a atenção para que esse peso adicional seja o mais “saudável” possível. Onde devo estar no dia 1? Espero que pelo menos um pouco melhor do que hoje, que registrei 72,5kg.
Chocolate? Só no dia 2 de junho!
Muito bom este artigo.
Vi esse site achei também legal.
http://santiagotarso.omb10.com/vivermagraemsetesemanas