Não dá para mentir: depois que começamos a nos aventurar por corridas em trilhas e montanhas, as ruas realmente perdem um pouco do encanto.
Sim: há a questão da velocidade maior, de paces mais agressivos, de gente acompanhando (principalmente nas grandes maratonas). Mas, por outro lado, exceto talvez pelo Rio e por uma ou outra prova, não há aquele contato com a natureza que faz as endorfinas pularem pelo corpo.
E por que estou falando isso? Porque será necessário fazer ao menos uma maratona qualificatória para a Comrades 2015.
Considerando que meu apetite por provas de rua diminuiu, fui pelo mais prático: a Maratona de São Paulo, que acontece no dia 19 de outubro.
O ponto mais positivo: é em Sampa, o que significa que não preciso gastar com viagens ou coisas do gênero.
O ponto mais negativo: a organização. Tenho total e absoluto desprezo pela YesCom que, na minha opinião, deve estar lá entre as piores empresas de corrida da Via Láctea. As largadas são confusas, o atendimento ao corredor é precário e as entregas de kits são sofríveis – apenas para citar alguns dos inúmeros problemas que ela coleciona. Aliás, basta ver o que ela fez (e continuam fazendo) com a São Silvestre, brincando com o percurso, com horários de largada e chegando ao extremo de, em uma das edições, entregar as medalhas antes da largada (!).
Fora isso, será uma experiência diferente correr de novo na minha cidade – faz tempo que não participo de uma prova aqui.
Não tentarei bater meu recorde pessoal, de 3h38 (que me conseguiu uma largada no curral C da Comrades): outubro é logo ali e minhas pernas ainda estão cansadas da última ultra. Serei mais conservador e mirarei no curral D, precisando de um sub-4h.
Se conseguirei, não sei. Mas tentarei – e todo o treinamento neste mês será focado nisso.
Pelo menos por enquanto, é hora de dar adeus às grandes subidas e olá ao incessantes treinos de velocidade!!