A produção do tempo nas 24 horas do dia

Às 6, o despertador tocou fazendo cada músculo das minhas pernas implorarem por mais descanso.

Acontece: corridas de segunda sempre trazem aquela bagagem indesejada do final de semana, incluindo longões que ainda perambulam pela memória das células.

E, quando a bagagem está pesada demais, forçar não costuma ser um bom caminho. Hoje era – ou melhor, é – dia de treino. Só não pela manhã.

Meu calendário é dividido da seguinte forma: tenho 5 treinos por semana, dos quais três ocorrem às segundas, terças e quintas. Não dá para trocar os dias pois isso acaba interferindo no calendário da minha mulher; não dá para ir muito longe à noite porque preciso cuidar da minha filha; e correr ao meio dia é um raro luxo.

Ou seja: de alguma forma, tudo precisa se encaixar em uma agenda com relativamente pouca flexibilidade.

A sorte é que o dia tem 24 horas. Se não quiser perder um dia, ele tem que ser reciclado e ter os horários reajustados.

Hoje, os músculos ganharam 12 horinhas a mais para descansar – e espero que aproveitem bastante!

Hoje será dia de correr no finalzinho da tarde. Dia de Ibirapuera com cara de cansaço, mais cheio, mais abafado. Dia de rotina improvisada.

Começa agora uma outra corrida: de alguma forma, preciso organizar o trabalho de maneira a terminar o que tenho para fazer por volta das 18:15 – o que inclui matar o almoço (algo que já estou habituado) e ampliar a produtividade ao extremo. Sair muito tarde não é opção: preciso estar em casa até as 19:30, mais ou menos, para cuidar da minha filha.

Reuniões, decisões e projetos precisam hoje ter ritmo de meia maratona: constante, no limite e efetivo.

E tem o efeito cascata: correndo à noite hoje, dificilmente o corpo se recuperará para a manhã de amanhã. Ou seja: há pela frente um outro dia de treino noturno e trabalho corrido.

Fazer o que? Certa vez li que, quando se quer realmente fazer algo para si mesmo, é necessário ser um mestre na arte de descolar tempo, por mais espremido e improvável que seja.

E produzir tempo, parece, é parte integrante de todo esporte.

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