Resistindo ao sol

Acho que teria fratura por estresse se morasse no Nordeste.

A pior coisa para mim é acordar em um dia de sol e céu intocavelmente azul e me dar conta de que é dia de descanso.

Descansar? Para que, se clima seco praticamente impõe uma corridinha até o parque que, por sua vez, fica mais iluminado, empolgado, energizado?

Os primeiros minutos após olhar pela janela são sempre de repetição dos mantras que pregam que descanso também é treino. Fico até me forçando a sentir algum resquíciobde dor muscular do treino do dia anterior para dar mais razão à minha razão.

E, por um par de segundos, até consigo. Mas aí sinto o calor do dia.

Sei que a maioria dos corredores prefere as temperaturas amenas, quase frias, perambulando na casa dos 15 graus. Eu não.

Vindo da Bahia, eu amo mesmo é o calor. 25 graus? Ótimo. 27? Perfeito. 30?? Difícil de resistir.

Nada como um esforço conjunto entre corpo e sol para expurgar as más energias em forma de suor.

Hoje, no entanto, tudo é só pensamento mesmo. Hoje é dia de descansar, de recuperar a musculatura para o treino de amanhã.

Tomara que amanhã também faça esse sol quente, forte, rei. E que eu não precise resistir apelando aos mantras racionais e me prendendo dentreo de casa ou da roupa de trabalho.

Se eu morasse no Nordeste, com certeza teria fratura por estresse.

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