Há um treino que há tempos não fazia: 1h30 de corrida com apenas 5 minutos de aquecimento seguidos por duas sessões de 30 e 20 minutos cada de tempo run, fechando com um trote leve até completar o programa. Fiz essa semana pela primeira vez depois de entrar na low carb.
E por que isso é relevante? Porque o processo de queima de gordura por energia do corpo, típica do low-carb, é algo mais complexo e demorado do que o seu equivalente usando carboidrato. Já sabia disso na teoria mas, agora, a prática provou o ponto acima de qualquer suspeita.
Traduzindo: com low-carb, o corpo precisa de mais tempo para “acender a sua fornalha” e ficar eficiente. Não digo que precise de 1 ou 2 horas, claro – mas os 5 minutos (que funcionariam estivesse eu com o tanque cheio de carboidratos) também foram absolutamente insuficientes.
Na prática, quando a primeira sessão de tempo começou eu já (ou melhor, ainda) estava bastante cansado. Segui a rotina, até por não entender ao certo o que estava errado, e acabei completando toda a hora e meia a um pace abaixo do esperado e com uma fadiga desproporcional ao esforço.
É curioso como mudanças na nutrição afetam tantas frentes ao mesmo tempo. Ao seguir para a low-carb, o foco era ganhar resistência para as provas que eu realmente amo, as ultras. Por mais que a teoria sempre estivesse ao alcance, eu jamais me dei conta de que havia esse efeito colateral de levar mais tempo para conseguir entrar no ritmo.
Para provas, sem problema: é só dar mais tempo ao corpo, seja 15 ou 20 minutos. Para treinos, é bom começar a ajustar um pouco os que começam de maneira mais intensa: afinal, forçar algo que se tornou anti-natural dificilmente trará algo de positivo no médio ou longo prazo.
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