Na sexta-feira à noite, todo o plano dessa reta final até Comrades mudou.
De repente, a possibilidade de correr a Maratona de SP – algo completamente fora do mapa – virou verdade.
Recapitulando: o plano para essas próximas duas semanas era fazer 75 e 85km, respectivamente, de maneira mais espaçada para evitar sobrecarga e mantendo uma intensidade levemente mais alta.
OK: fazer 42K não é exatamente cumprir essa planilha. Mas tudo bem: planilhas não são ou devem ser bíblias e mudar, de vez em quando, faz bem.
Hoje, às 6:30 da manhã, estava lá no Ibirapuera com um grupo forte de Comradeiros: David, Leandro Carvalho, Zilma, Farnese, Dirceu Tirado etc. Todos na mesma “vibe”: aproveitar a prova como último longão e cruzar Sampa coletando um rastro de endorfina colaborativa.
Às 7:30, largamos. Não vou falar pelos meus colegas, alguns dos quais que voaram a velocidades insanamente quenianas – mas posso falar por mim. Minha meta era ficar entre 6′ e 6’30″/km – um pace morno, administrável, “anti-lesão” e que servisse de treino concreto para Comrades (onde pretendo cravar a média de 7′ a 7’30″/km).
E tudo correu perfeitamente bem. Mesmo nos trechos mais chatos, como a USP ou os túneis próximos da chegada, rodar com uma mescla de consistência com leveza foi absolutamente natural. Claro: o clima ameno, seco, com o sol queimando apenas os últimos minutos, ajudou bastante. Uma espécie de ajuda dos Deuses, talvez, que serviu para garantir o fechamento da Maratona com toda a segurança mental necessária para quem pretende rodar 90km em menos de 15 dias.
Só que, claro, essa corrida muda dramaticamente o cenário das próximas semanas – mesmo porque fechei essa com quase 86km e um pace médio sub-6, perfeito para o que queria.
Semana que vem, portanto, deve ser mais leve, talvez com uma corrida a menos ou cortando as 2h que inseri em plena quarta. Seja como for, pretendo administrar no dia a dia, sem forçar nada e ouvindo o corpo.
Uma coisa e certa: comparando esse ano com o ano passado, nesta exata mesma semana, rodei praticamente a mesma coisa – mas com um pace muito melhor:
E, com relação a todo esse ciclo… bem… ele foi tão diferente de qualquer coisa que dificilmente dá para traçar qualquer conclusão. Ao menos ainda:
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Também corri em São Paulo e encontrei vários camaradas de Comrades! abs
Álvaro, da próxima vez avisa q vc vai participar q a gente marca em algum posto de hidratação pra se conhecer 🙂