O plano era simples, até modesto: correr até a USP, dar uma voltinha por lá e retornar, somando 23 ou 24km levíssimos entre amigos.
Era.
Bom… como diminui bastante o volume essa semana para me recuperar da Maratona de SP, aconteceu aquele efeito infalível da fase de polimento/ tapering: dores fantasmas por todo o corpo.
De repente, joelhos, tornozelos e até a planta do pé começaram a reclamar insistentemente, me fazendo cortar mais treinos e diminuir o ritmo. Quanto mais eu diminuía, no entanto, mais as dores apareciam.
Até que a ficha caiu: o corpo estava em “tilt”. Já não sabia mais o que eu planejava e, portanto, passou a reclamar de qualquer coisa a seu modo. E claro: na medida em que eu dava trela, cedendo tempo a ele, mais ele reclamava.
Hora de mudar de estratégia.
Já dei os primeiros passos com más intenções. Sabia que não podia exagerar – mas nada de pegar leve demais. Acelerei, focado na rua, e cruzei a marginal até a USP. Corri mais forte.
Entrei na trilha e dei uma volta, já surpreendendo o corpo.
Subi a Biologia acelerado. Cortei a praça do topo e comecei a descer.
No caminho, cruzei com o David, Leandro e Nishi – todos mais rápidos que eu, o que seria perfeito. Me juntei a eles, mudei de rota surpreendendo o corpo novamente e, em sentido invertido, subi e desci até fechar a USP. Em alguns momentos, o ritmo chegou a se pendurar na casa dos 5’/km.
E, embalado, voltei.
No total, foram 30km rodados.
Sim, cansei – mas todas as dores esquisitas sumiram.
Corpo devidamente enganado. Missão cumprida.
Agora é manter o ritmo, sem tirar nem por, até o domingo que vem!
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