Nos últimos dias, tenho postado os vídeos dos Unogwaja diretamente aqui no blog, sem tecer nenhum tipo de comentário adicional. Hoje será um pouco diferente.
Acompanho a jornada deles desde 2013, quando não conhecia ninguém e bebi um pouco da causa e das aventuras por meio do Youtube. Em 2014, conhecendo um deles, o Nato, me senti um pouco mais próximo. O próprio fato de ter corrido a Comrades fez com que a experiência Unogwaja, de alguma forma, pulsasse mais forte no sangue.
Mas nesses dois anos que acompanhei, as filmagens eram essencialmente sobre a aventura de se cruzar a África. Os atletas estavam sempre em foco, se superando no desafio cotidiano de se transformar em lendas e desbravar o mais incrível dos continentes. E pouca coisa, devo confessar, é mais inspiradora do que acompanhar essa viagem.
Em 2015, no entanto, parece que o foco do documentário mudou: ao invés dos atletas, a própria África assumiu o protagonismo. Paisagens exuberantes convivem com populações em extrema miséria e abandono, a adrenalina dos predadores contrastam com a sensação de paz absoluta das savanas, as águas azuis se chocam com o ocre acinzentado das montanhas. Tudo é selvagem, forte, denso.
E, no fundo, quase que como espectadores, estão os atletas pedalando. Protagonistas de uma causa maior, coadjuvantes de todo um continente tão forte quanto os sonhos nos quais nos acostumamos a imaginá-lo desde crianças.
Acompanhar essa aventura, principalmente por estar à beira de embarcar para Durban, tem sido emocionante.
Que bons ventos soprem os brasileiros Nato e Rodrigo até Pietermaritzburg!
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