A corrida é o mais simples e viável dos esportes. Pode até ter tempo feio como nos mais bíblicos dos torós – mas basta um pouco de bom humor e ele imediatamente se metamorfoseia em uma inesperada diversão.
Escorregar e cair cinematograficamente? Não há corredor que não tenha enfrentado uma trilha úmida em condições adversas que não tenha passado por isso. E se levantado. E ignorado os hematomas para seguir adiante com a mesma motivação.
Corrida é terra, elemento que nós, humanos, dominamos como poucos.
É diferente de ciclismo. Ciclismo é ar, é o vento que se forma com a velocidade, é o assobio que nos diz que estamos voando e desafiando as nossas próprias condições. É, talvez, um esporte tão mágico quanto a corrida… mas que requer os cuidados de quem sabe que está brincando em um elemento para o qual a nossa espécie não foi concebida.
Na bike, a chuva é um problema: ela determina, ao menos para iniciantes como eu, se haverá ou não treino. Ela gera ansiedade, expectativa, frustração. Exige mais respeito, mais cautela, mais conservadorismo. Mais paciência.
Paciência.
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