Parte dos meus esforços de arrecadação de fundos para o projeto Unogwaja inclui escrever um livro que gire em torno da Comrades em si.
Aliás, já comecei a escrevê-lo e já o coloquei em pre-venda lá pelo Catarse (clique aqui para ver mais).
Serão, na prática, três histórias que se cruzarão em um determinado ponto:
A primeira será a de Phil Masterton-Smith, mais jovem vencedor da Comrades, com 19 anos, em 1931. Será a ótica do Unogwaja original – aquele que, dois anos depois, sem dinheiro para ir de trem de Cape Town a Pietermaritzburg, arrumou uma bike e pedalou por quase 1.700km. Será também a ótica de quem viu a corrida nascer, de quem conviveu com a África do Sul embrionária, antes até mesmo da implantação do perverso regime do Apartheid, de quem nasceu e morreu na era das grandes guerras.
A segunda será a de John McInroy, fundador da versão moderna dos Unogwaja, que bebeu da história do Phil e recriou seu feito em forma de desafio beneficente. Há, acreditem, incontáveis batalhas pessoais inspiradoras nessa jornada que também gira em torno dos 89km mais sagrados do continente africano.
E a terceira é a minha. Não que eu chegue sequer remotamente perto desses dois heróis, claro. Mas eu sou um corredor comum, que começou a cortar o asfalto há poucos anos, que se apaixonou pela Comrades como, provavelmente, tantos que estão lendo este post aqui.
Nos três casos haverá histórias de sonhos, de superação, de dedicação. Nos três casos haverá o mesmo pano de fundo unindo perspectivas pessoais separadas pelo tempo e pelo espaço.
As histórias do Phil e do John, claro, já estão trilhadas – pelo menos sob a perspectiva do livro. A minha, no entanto, será finalizada apenas quando eu cruzar a linha de chegada da Comrades 2018, depois de ter percorrido o mesmo caminho dos Unogwaja e de ter me misturado a eles nessa história tão sensacional.
E, daqui até lá, postarei um ou outro capítulo do livro para que vocês possam entender melhor o estilo e a estrutura, a maneira com que ele está sendo escrita. Posso prometer duas coisas: histórias no mínimo interessantes e, claro, uma dedicação sobrehumana tanto na pesquisa quanto na estruturação.
Se gostou, deixo também um pedido: vá até o Catarse, clicando aqui, e compre o seu exemplar na pre-venda. Todo o dinheiro arrecadado com o livro irá para caridade, ajudando outras histórias lá no continente africano a serem escritas.
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