Oi, Romeiros

Sábado foi dia de conhecer quem provavelmente será uma das minhas grandes amigas no caminho até o Unogwaja 2018: a Estrada de Romeiros.

Saí cedo de casa, cortando a tempestade que já gritava contra a cidade. Ignorei os avisos do Tempo, certo de que seriam apenas as boas vindas aos acasos que sempre hão de reinar sobre desafios mais… digamos… intensos. Estava certo.

Quando saímos da Rodovia Castelo Branco e entramos em Romeiros, a chuva persistia com a mesma força que era solenemente ignorada pelo grupo de 12 ciclistas que faziam da paisagem úmida apenas uma diversão a mais. Não haveria como ser diferente.

A estrada era deslumbrante: paisagens lindas, subidas e descidas perfeitas para impulsionar o condicionamento, um ar de armagedom pintando os céus com todas as cores da adrenalina. 

Acelerei ladeira abaixo; me despulmonei ladeira acima; margeei um Tietê mais bucólico que o que estava habituado; cruzei com corredores bebendo chuva com beleza;  deixei as facas entrarem e saírem das coxas à vontade.

Parei, com o grupo inteiro, no meio do caminho, em Cabreúva, num café temático perdido, feito para ciclistas se soltarem antes da volta.

Voltei deslizando por subidas mais intensas, mais lentas e exigentes, mas deliciosas.

Quando cheguei, estava em puro êxtase: foi difícil até de acreditar que existia uma estrada assim, tão perfeita para correr e pedalar, tão perto de São Paulo! 

Mas foi (e é) extremamente fácil de acreditar que que voltarei lá ainda muitas, muitas vezes. 

No sábado, rodamos apenas 60K em uma altimetria acumulada de 1,2 mil metros. Da próxima, esses 60 precisam virar 80 ou 100, com umas voltinhas a mais para deixar o suor mais elétrico. 

Mas o fato é que, agora, Romeiros e eu já nos conhecemos. 

Foi um prazer.