No sábado retrasado, comi uns 110K em Romeiros, ja treinando a mastigação das pernas. Foi a minha terceira vez lá e a primeira que incluiu o bate-volta até Itu. Doeu, mas valeu.
Sábado passado, por sua vez, teve novidade: a serra de Salesópolis.
Saímos logo antes de Santa Branca, no interior de São Paulo, e já começamos engolindo subidas. Uma subidona interminável de cerca de 10K, acrescento.
E ela emendou em descidas, novas subidas, descidas, subidas etc. Entramos e atravessamos Salesópolis.
Bebemos paisagens realmente incríveis, incluindo vistas fenomenais do alto da serra, fileiras infinitas de pinheiros, asfaltos brancos ziguezagueando entre o verde de baixo e o azul de cima.
Aliás, se teve um ponto alto desse percurso, foi o cenário. Impressionante, daqueles que fazem o próprio esporte valer a pena.
E depois disso tudo, surpresa (ao menos para mim): chegamos na nascente do Tietê, no berço desse rio tão icônico que banha São Paulo com todas as suas complexidades. Difícil, bem difícil imaginar que aquela exuberância toda se metamorfoseia no lodo que corta a cidade grande.
De lá, voltamos.
Pelo mesmo caminho, com as mesmas subidas e descidas. E descidas e subidas. E subidas e descidas.
No total, rodei menos que em Romeiros – 86K em 4 horas (versus 110 em 4h40). E, contrariando a opinião de todos que conheço, achei o percurso mais leve (embora também duríssimo). Enquanto Romeiros tem subidonas e descidonas praticamente o tempo todo, Salesópolis concentra quase todo o seu sadismo no começo e no final. São trechos maiores e mais íngremes, inegavelmente bem mais difíceis… mas que, quando acabam, abrem caminho para um pedal perfeito, limpo, oxigenado.
Bom… missão cumprida. Agora é seguir pedalando no intensivão até o dia 1, quando viajo e começo o intensivo de corrida lá no velho mundo!
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