Até ontem, minha dieta parecia extremamente equilibrada com a intensidade do meu treino.
Desde que comecei com a low-carb-high-fat, aliás, me preparar para e correr provas longas ficou significativamente mais fácil: o corpo aprendeu a consumir gordura como combustível e a necessidade de qualquer tipo de suplementação extra, tanto antes quanto durante atividades longas, sumiu.
Mesmo quando estava treinando para a BR135 ou para a Caminhos de Rosa com seus incontáveis quilômetros quentes, bastava uma alimentação normal, talvez minimamente reforçada, e algumas castanhas e eventuais copos de Coca durante o percurso para me manter de pé.
Bons tempos.
Ultimamente – e ainda nem cheguei na fase de pico do treinamento para o Unogwaja – tenho pedalado e corrido algo como 15, 16 horas por semana. Os pedais são longos, chegando aos 130-150km aos sábados seguidos por 70 no domingo, sem contar com os dias de semana; as corridas, todas concentradas em noites variáveis de segunda a sexta, giram na média de 15km/ dia.
Não há dia de folga.
Em compensação, há uma fome insaciável – sensação que eu já não sentia faz tempo.
E, durante os treinos, principalmente os pedais mais longos (entre 5 a 6 horas ininterruptas), a energia nitidamente desaparece.
Dependendo do local do treino, ainda consigo me virar achando algum bar que venda uma latinha de Coca… mas contar com isso começou a ser ingenuidade.
Agora, pela primeira vez em tempos, estou começando a levar suplementos como barras de castanhas ou até shakes feitos de BCAA com óleo de côco.
E tem sido isso, mais do que qualquer contagem de tempo ou de quilômetros deixados nas ruas, que tem deixado clara a diferença deste preparo para o Unogwaja versus qualquer outro evento ou prova. Até então, a normalidade bastava para que o corpo desse conta do esforço exigido dele.
Hoje, não mais.
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