Longões são longões: passamos horas a fio nas ruas ou trilhas simplesmente nos movendo.
Correndo, já fiz alguns longos de até 60km como treino, dependendo sempre da prova-alvo. É uma distância grande, claro – mas administrável. Dá, por exemplo, para traçar uma rota circular que saia da minha casa (perto do Allianz Parque), cruze até o Parque Cidade Jardim, depois corte o Butantã, entre no Parque Alfredo Volpi, cruze até o Parque Burle Marx, no Morumbi – com direito a pequenas trilhas deliciosas – e depois volte pelo outro lado do Rio Pinheiros, cortando o centro de SP. É um belo passeio – um passeio que permite se beber paisagens diferentes e se ter, sempre, uma “mini-meta” diferente como mira.
Já na bike… a coisa muda de figura.
E muda por dois motivos: as distâncias precisam ser maiores e os percursos, por sua vez, precisam ser mais livres de trânsito, mais controlados, para garantir uma mescla de fluidez com segurança. O resultado?
Normalmente, trajetos feitos de diversas idas e voltas no mesmo local.
Nessa semana, por exemplo, tenho 150km para rodar. O local? O Riacho Grande e seus parcos 16km de extensão considerando ida e volta.
Para 150km, portanto, estamos falando de pouco mais de nove idas e voltas.
No mesmo lugar.
Vendo a mesma paisagem.
Fazendo as mesmas curvas.
Subindo as mesmas subidas.
Descendo as mesmas descidas.
De novo. De novo. E de novo.
Nove vezes.
Apenas pedalando em silêncio, captando os mesmos sons dos arredores e sentindo o mesmo vento contra o rosto.
A parte física, naturalmente, cansa – são mais de 5 horas pedalando, afinal. Mas é um tipo de cansaço no mínimo bem menos desgastante que o mental.
Oi.
Aparentemente você nunca usa rolo ou esteira… É isso mesmo? Seria bacana um post aobre isso. Abs
Verdade. Não curto treinar dentro de quatro paredes. Estar na rua, venda naturezas verdes ou cinzas, é fundamental para gerar minhas endorfinas 🙂