As semanas passadas, como já era de se esperar, foram intensas e tensas. No geral, tenho feito cerca de 300km de pedal + 50 de corrida, sempre com intensidades crescentes.
Hoje já acordei para uma sessão de 11,5km com direito a tiros e mais tiros sob um sol que decidiu amanhecer sádico.
Fiz os tiros.
Voltei.
Tomei banho.
Comi alguma coisa.
E senti tudo: febre, dores nos ossos, lerdeza e até mesmo uma tristeza anti-endorfínica. Ainda estou quente, mole e dolorido enquanto escrevo – mas ciente de que tudo isso passará como que por mágica nas próximas poucas horas.
Pelo menos por enquanto, tudo ainda é “apenas” uma reclamação – embora gritada em alto e bom tom – do corpo.
Agora, sim, estou me sentindo na fase de pico de treino para essa anormalidade física e mental que é o Unogwaja. Agora, sim, estou me sentindo caminhando na fina e bamba corda do limite.
A receita já aprendi no passado: seguir em frente, mas com um cuidado redobrado, triplicado, para evitar escorregar no abismo do overtraining.
Ainda faltam, afinal, 79 dias para a minha largada lá em Cape Town.
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