O dia até começou calmo, silencioso, prometendo uma pedalada suave.
Não durou muito tempo.
Na verdade, durou exatos 17 minutos e 57 segundos: o tempo que consegui pedalar na USP nesta segunda-feita de tempo ameno, céu sem nuvens e ruas totalmente abertas.
De repente, logo depois da rotatória no topo do morro que dá acesso ao portão principal, um carro preto, filmado, me fechou.
O motorista já desceu apontando a arma: “Passa a bike! Passa a bike!”
Enquanto eu desclipava, o carona já abria o porta-malas e arrancava-a da minha mão.
Em segundos, os dois desapareceram.
E lá fui eu, andando pesado com os sons da sapatilha, por mais ou menos uns 2km até o carro.
O dia agora incluirá fazer BO, acionar seguro, reprogramar treinos, caçar uma nova bike dentro de um novo orçamento e, claro, tocar a vida.
Péssima notícia para uma segunda-feira, pouco mais de 30 dias antes do meu embarque para o Unogwaja.
Mas, enfim, sigamos.
O importante é não perder a energia – e digo isso montado na ergométrica da academia, completando o treino previsto para o dia, menos de 1 hora depois do roubo.
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