Pura felicidade

Há momentos em toda jornada em que se consegue olhar para trás e ser subitamente abduzido pela mais pura felicidade.

A noite da sexta foi um desses momentos.

Por meses, pesquisei as histórias do Phil “Unogwaja” Masterton-Smith, do Sidney Feinson e seus amigos soldados de meias vermelhas, do John McInroy e os Unogwajas modernos. Escrevi com a alma cada uma das suas trajetórias fantásticas enquanto treinava insanamente para emulá-las em um futuro que se aproximava mais e mais a cada palavra, a cada página, a cada capítulo. Passei por leituras críticas, revisões, planos de pre-vendas para arrecadar fundos, pelas ansiedades naturais que todo autor sente na medida em que o momento de expor o resultado do seu suor se aproxima.

E na sexta-feira passada, finalmente, houve o lançamento.

Família, amigos dos mais diversos círculos, de colegas da faculdade a parceiros de provas, corredores que se transformaram em heróis para mim, ídolos que desde as primeiras semanas se identificaram e apoiaram este projeto com tanto afinco, curiosos anônimos: foram muitos, muitos os que apareceram lá na Cultura para prestigiar aquele dia tão especial para mim.

Ainda não tenho ideia dos resultados práticos do dia mas, a julgar pelos olhares que recebi da equipe da Livraria Cultura e da deliciosa dor que já havia se instalado no meu punho direito instantes depois do começo do evento, foram incríveis.

Pura felicidade para qualquer escritor.

Pura felicidade para este escritor daqui que, além de ter pesquisado, coletado e registrado as histórias dos Unogwajas, está prestes a vivenciá-las nas próximas semanas.

Pura felicidade.