Se me perguntassem qual a parte do Unogwaja achei mais perigosa, eu responderia duas: uma descida tão íngreme quanto longa e rudimentar no dia 5 (onde inclusive houve o único acidente com um Unogwaja até hoje, em 2015), e toda a metade de hoje.
Desde antes do sol nascer, saímos de Kokstad espremidos por caminhões de todos os tamanhos em subidas e descidas assustadoras – e tudo em pita simples, esburacada e sem acostamento. Uma delícia.
Mas… sobrevivi.
Se me perguntassem sobre o dia mais duro, também responderia na hora: hoje.
Ele não foi longo: apenas 155km. Mas somou 2850m de ganho altimétrico acumulado, incluindo 3 subidas intermináveis de 5-7km e uma particularmente famosa, a Umkomaas Pass, com inclinação de 14%.
E tudo sob céu azul, sol escorchante e temperaturas na casa dos 25 graus!
Sim, hoje foi, sem dúvida alguma, o dia mais duro de todos.
Mas teve um final mais que feliz: chegar na cidade-destino escoltado pela polícia, com sirenes ligadas, até um local repleto de torcedores, de bandeiras do Unogwaja e até de vereadores locais querendo nos recepcionar.
Porque hoje foi o final não oficial do Unogwaja. Entramos em Pietermaritzburg amanhã às 10:30, provavelmente para uma recepção inesquecível – mas será (finalmente) um pedal curto, de menos de 40K, com poucos morros pequenos e um downhill leve excepcional. Perfeito para encerrar esta aventura tão sem paralelos.
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