Desde o treinamento para o Unogwaja, meu principal indicador qualitativo de treino é o TSS, ou Training Stress Score. Não vou descrevê-lo em detalhes neste post porque já o fiz aqui (clique para ler), mas basta dizer que se trata de um sistema de pontuação que mostra, com base na fisiologia de cada atleta, a evolução da forma física como um todo.
A grande vantagem é que o TSS permite que se “empurre” o corpo até o limite, fadigando-o sem quebrá-lo e, consequentemente, levando-o a patamares constantemente inéditos.
Foi algo que funcionou bem, muito bem, para o Unogwaja – e é o mesmo tipo de metodologia que tenho usado agora, para as minhas próximas provas.
Aqui, no entanto, há um bônus importante: como é fisicamente impossível fazer treinos intensos de corrida todos os dias sem lesionar o corpo, o cross-training (via bike e natação) acabam preenchendo lacunas cruciais para manter o TSS semanal sempre alto e melhorar o condicionamento.
Isso é diferente do que fiz com o Unogwaja: lá, mesclava pedal com corrida justamente porque o desafio envolvia ambos os esportes. Ou seja: eu não fazia exatamente um cross-training no sentido clássico, usando uma modalidade coadjuvante apenas para preencher dias em que treinar na modalidade alvo fosse impossível. No Unogwaja, tanto bike quanto corrida eram foco, pois precisava estar preparado para pedalar 1.650km e emendar nos 90km da Comrades.
Aqui, agora, o caso é outro: todas as minhas próximas provas são corridas variando apenas nas distâncias (de 75 a 217km). Aqui, agora, bike e natação passaram realmente ao papel de coadjuvantes.
E os resultados disso tem sido claros: tanto o ganho de performance quanto a própria capacidade de endurance têm aumentado a uma constância tangível.
A primeira prova em que testarei a eficácia real de todo esse cross-training será a Bertioga-Maresias, no final de outubro, onde farei os seus 75km solo. Será a minha segunda participação na corrida, o que me permitirá também comparar os resultados gerais e postá-los aqui.
O otimismo, a certeza de que tudo sairá bem, no entanto, é grande.
Virei fã desse negócio de aliar tecnologia e ciência aos treinos.
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