Tudo o que escrevi no post de ontem sobre TSS pode ser visto no gráfico abaixo, que carrega um histórico de 90 dias.
Em uma síntese breve:
- A linha rosa mostra a fadiga, ou o resultado de “cansaço” do corpo a cada dia.
- A linha amarela mostra a forma física de curtíssimo prazo – ou seja, o quanto se está bem em um determinado dia para se desempenhar um determinado treino ou prova. Em geral, quanto maior a fadiga, menor a forma física de curto prazo (pois, cansado, se fica em condições piores de performance).
- A linha azul carrega uma média ponderada que inclui tanto forma física quanto fadiga. Ou seja: se a fadiga está sempre alta, é natural que o corpo vá se fortalecendo como um todo cada vez mais.
O “jogo” de TSSs é justamente este: manter a fadiga alta, sempre no limite, para deixar o corpo melhor preparado e, dias antes de uma prova alvo, tirar o pé e descansar para derrubar a fadiga e catapultar a forma física de curto prazo. Simples assim.
Só que gráficos, claro, não traduzem sensações reais.
Há um preço em se manter a fadiga elevada: a constante sensação de cansaço e as dores musculares que parecem já viver comigo.
Já até me sinto lidando com isso, ainda que de forma leve. O dia de treino perdido na semana passada, afinal, foi a voz do corpo pedindo arrego em forma de dor e sono. Ouví-lo, em momentos assim, costuma ajudar no afastamento dos esportes de endurance: o overtraining.
Por hora, no entanto, já me sinto mais inteiro e com foco recuperado. Tenho uma maratona para correr em treino neste próximo sábado e um descanso parece ainda bem distante da planilha.
Em tempo: a primeira metade do gráfico mostra uma queda constante de capacidade física média. Foi o período de descanso e descompressão pós-Unogwaja, onde precisei trazer o corpo a níveis mais “humanos”. Depois, a partir da segunda metade, comecei a treinar com mais intensidade para os próximos desafios. Não deixa de ser lindo ver meses de esforço desenhados assim, com tanta perfeição, em um gráfico.
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