O maior problema que costumo ter em provas longas é, de longe, a nutrição. Em parte por estar habituado a ficar em jejum por conta da dieta low-carb, em parte por não estar habituado a comer carboidrato (obviamente pelo mesmo motivo) e em parte por uma esquisita “preguiça de parar”, o fato é que não há uma única prova em que eu não acabe me arrependendo da minha própria (falta de) estratégia alimentar.
O pior é a previsibilidade do problema: sei que eventualmente meu corpo pifará e, ainda assim, acabo caindo na mesma armadilha de postergar por alguns minutos (que facilmente viram algumas horas) o momento certo de comer (até já estar praticamente me desfazendo pela falta de energia).
Uma das minhas resoluções de ano novo é mudar esse quadro.
Sei o que funciona para mim: comida de verdade (algo difícil de conseguir no meio de uma prova), barras com nozes, castanhas ou amêndoas, isotônicos e, claro, Coca-Cola. Sei o que não funciona: qualquer tipo de gel, frutas, qualquer coisa excessivamente carregada de açúcar. E sei também o que funciona medianamente bem: café, bebida na qual sou absolutamente viciado (ao ponto de tomar algo como dois litros por dia), mas que, durante corridas, gera por vezes algum… digamos… desconforto corporal.
Dia desses recebi lá em casa, como cortesia, algumas embalagens de Dobro: uma barrinha de café feita para nutrição durante atividades. Fui na Internet pesquisar e encontrei a seguinte descrição:
A Dobro é uma barra naturalmente energética, feita com café orgânico 100% arábica e ingredientes nutritivos superfood. Equivalente a 2 xícaras de café, a barra de 50g possui um equilíbrio de gorduras e carboidratos, além de cafeína natural, ótima para contribuir na performance e na disposição física e mental. Disponível nos sabores: Caramel Macchiato, Coconut Mocha e Mocha Latte.
Provei (apesar de ter um preconceito natural instantâneo sempre que vejo a palavra “superfood” usada na descrição de industrializados; “superfood”, para mim, é picanha).
Dos três sabores, dois simplesmente não se entenderam bem com meu estômago: o Caramel Machiato e o Coconut Mocha. O Mocha Latte, por outro lado, caiu bem.
Não vou dizer que fiquei hiper-energizado com a barrinha: o volume de café que eu tomo no cotidiano é tanto que seu efeito acaba sendo naturalmente pequeno. Mas curti a novidade, a opção. O gosto de café realmente é “sincero”, o que faz toda a diferença para mim, e o fato de ter uma outra alternativa prática e eficiente para comer durante uma prova longa é sem dúvidas bem-vinda.
Em uma escala de 0 a 10, eu daria um 6,5 (por conta dos problemas que tive com os dois dos três sabores). Mas um 6,5, digamos, acompanhado de uma recomendação.
Nutrição esportiva, afinal, é algo extremamente individual: cada corpo reage de uma maneira a cada alimento ingerido. Mas a honestidade do gosto, que realmente parece muito pouco artificial, faz muita diferença.
Levarei algumas barras de Dobro comigo para a BR (além de muita castanha de caju, leite de côco e dinheiro para alguns omeletes ao longo do caminho). Tomara que ajude!
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