A parte mais difícil do início de uma nova temporada ou de um novo ciclo é, sem a menor sombra de dúvidas, a descoberta de uma nova rotina. E mais: quanto mais intenso tiver sido o ciclo anterior – e, consequentemente, quanto mais cansado o corpo estiver – mais árido é esse retorno.
Senti isso na pele depois do Unogwaja. Senti mais ainda depois da BR135+.
A diferença entre ambos foi que, depois do Unogwaja, me inscrevi em tudo quanto foi prova como se não houvesse amanhã, imerso em uma afobação que ultrapassava os limites da estupidez e da ingenuidade. Aprendi o erro a duras penas, quanto mergulhei em uma estafa física poucos meses depois.
Aí me recuperei, chacoalhei a poeira do corpo e me preparei para a BR. Que também ficou para trás, como ficam todas as metas. O que fiz depois dela? Pus em prática a lição aprendida.
Dei tempo ao tempo. Criei novas metas sem cravar provas para testá-las. Dei ao corpo tudo o que ele pediu para se encaixar em um novo estado de treinamento, para se adaptar à bike que, agora, faria parte da rotina, para se entender com o despertador que voltou a cacarejar às 4:20 da manhã.
E, assim, com um dia depois do outro, entre braçadas, pedaladas e corridas, o groove voltou.
Seja bem-vindo novamente, ritmo.
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