Caminhar na corda bamba, aprendi, é o quarto esporte que compõe o triathlon.
Balancear natação, pedal e corrida com trabalho e família, afinal, dá pouca margem para se lidar com imprevistos. Teimosos e birrentos, no entanto, imprevistos cismam em brotar aos montes… claro.
E aí manuseamos os treinos. Acumulamos uns, esvaziamos outros, refazemos a planilha ao sabor das necessidades. Impomos uma disciplina digna do exército, mantemos o corpo permanentemente dolorido, nos habituamos a não ter um único milímetro de ócio. Esse é o limite.
Porque aí, entendedor da origem da intensidade, o cansaço migra dos músculos para o peito em forma de preguiça, insônia, desmotivação. Essa é a linha fina.
O que fazer?
Desacelerar, ainda que suavemente. Diminuir os treinos. Cancelar uma sessão aqui, outra ali. Respirar com um pouco mais de calma.
E esperar que esses sintomas que conheço tão bem, do overtraining, entendam-se desconvidados e sumam logo.
Domingo tem prova: o Triday, na modalidade olímpica, que inclui 1.500m de natação, 40km de bike e 10km de corrida. Já fiz mais em simulados e mesmo em um treino normal, na terça passada, então tenho poucas dúvidas quanto a estar preparado.
O foco agora é outro: usar esse período de terça a sábado para aliviar a carga e deixar espaço para que a vontade entre de novo.
Nada de aterrorizante, portanto. Só a velha linha fina, a já tão bem conhecida corda bamba de quem vive no limite do corpo e da mente.
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