Eu amo morar em São Paulo. Aqui tem de tudo: gente de todos os tipos, opções culturais incomparáveis, escolas fantásticas para as crianças, oportunidades de negócio em cada esquina.
É o tipo de lugar que dá para vir, se propor um desafio monstro qualquer e batalhar até chegar onde se deseja.
Aqui construí minha vida: casei, tive duas filhas, montei minhas empresas, quase morri, ressuscitei, descobri um tipo de felicidade que nem sabia que existia em esportes de endurance (que também desconhecia), fiz amigos que são uma família.
Mas – porque é praxe haver algum “mas” em depoimentos assim – de vez em quando bate uma saudade danada de estar mais perto de alguma natureza. De poder atravessar a rua e nadar no mar, de poder fazer uma trilha legal em alguma montanha embasbacante, de pedalar por alguma estrada cênica sem a preocupação de ser assaltado, atropelado ou ambos.
Não sou muito de reclamar da vida: ela é, afinal, o que fazemos dela. Mas bem que poderíamos aproveitar melhor esse mundo tão lindo em que nascemos sem a necessidade de programar férias estruturadas ou treinos em locais ridiculamente distantes e complicados.
Dito isso, feito este desabafo curto após uma sessão de nado na piscina (ao invés do mar) e um pedal no rolo conectado ao Zwift (ao invés de em uma bela estrada), é hora de dormir.
Amanhã, afinal, tenho que acordar cedo para correr. No Minhocão.
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